Desabafo pessoal sobre momento de luto

Iniciado por Saphira, Novembro 23, 2016, 00:38:32

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Saphira

Não sei se este é o tópico certo, se não for, por favor informem-me.
Eu sei que muita gente provavelmente não vai ler, mas é um desabafo que vem da alma.
Se alguém quiser apagar este post, está à vontade.
Apenas publico aqui para sentir que as minhas palavras voam para um pouco mais longe do que nestas quatro paredes e do que neste coração.



AVÔ
O meu avô faleceu há 4 meses. Mas esta história começa muito tempo antes.

PRIMEIRA LIÇÃO

O meu avô não foi um homem perfeito, mas foi um perfeito avô. Ensinou-me a coisa mais importante do mundo, ensinou-me o que é o Amor.
A primeira grande lição que me deu, foi o grande amor que demonstrou ter pela esposa. Antes de eu nascer, a minha avó adoeceu com Parkinson, numa época em que os medicamentos existentes traziam mais consequências do que benefícios. Nunca a conheci lúcida e as memórias que tenho dela são quase todas com ela em silêncio, sentada ou deitada, parada ou em extrema agitação.
A minha avó viveu 20 anos com a doença no auge, falecendo apenas em 2013. Os médicos diziam que nunca tinham visto alguém viver tanto com Parkinson tão avançado.
O meu avô cuidou dela 24h por dia, 90% dos dias, recusando largá-la mais do que 2 dias. Sempre disse que nunca a iria abandonar. Durante a vida, ela sempre disse que não suportava a ideia de ir para um lar e ele dizia que não iria contradizer a vontade dela. Iria ser sempre leal.
Viveu para ela.
(...)

SEGUNDA LIÇAO
A segunda lição que me deu, foi o seu amor por mim. Mesmo na sua vida complicada e ocupada com a minha avó, nunca ponderou ser um avô ausente.
A minha mãe diz que com 11 meses eu já queria andar mas tinha medo de andar sozinha... A primeira vez que andei sozinha, sem ajudas, foi no meu 1ºaniversário, porque o meu avô me chamou e eu fui ter com ele. Toda a gente ficou contente, até tiraram fotografias para recordar o momento.

Sempre fez questão de me ir buscar à escola, de me dar os almoços e, por vezes, os jantares. Cozinhava para mim os meus pratos favoritos e tomávamos a refeição juntos os três (eu, o meu avô e a minha avó). Sempre partilhei o meu dia com ele, os meus problemas e preocupações e ele sempre ficava do meu lado.

Foi na secretária dele que eu comecei a desenhar, passava tardes inteiras a desenhar e ele sempre me elogiava, desde os primeiros traços mais parvos que vocês possam imaginar, ele sorria e dizia sempre " Ela faz tudo tão rápido" "Conseguiu imaginar aquilo tudo, fantástico". Comprava resmas de papel para mim.
Eu sei que o meu talento para ele tinha um gosto agridoce, lembrava-lhe a esposa que também adorava desenhar mas que já não podia presenciar com lucidez o meu igual gosto para tal.

Custava-lhe muito sair de casa e deixar a minha avó, privando-se de muita coisa. Mas em todos os eventos escolares, ele fazia questão de estar presente, o tempo todo ou o tempo que pudesse. Podia estar o mundo inteiro doente, ele não ia a casa das pessoas, nem sequer das filhas, porque tinha o seu mundo muito fechado. Mas eu fazia parte desse minúsculo mundo e se eu tivesse doente, ele ia visitar-me.

Em várias fotografias, álbuns inteiros, ele está presente, sempre lá atrás a observar ou ao meu lado.
Na sua casa, tinha um móvel CHEIO de fotografias que ele tirou, em quase todos os álbuns eu apareço.

Eu sempre senti que tinha de provar alguma coisa a toda a gente, que nunca nada era bom o suficiente, que havia sempre algo para mudar em mim. O meu avô era a única pessoa que me fazia sentir suficiente, que me fazia sentir especial.
Eu era especial para ele.  Nunca me pedia justificações, nunca me julgava. Aceitava as minhas decisões, confiava em mim e falava de mim às pessoas com um brilho nos olhos.

Durante a adolescência, eu tive várias atitudes parvas e afastei-me dele durante uns tempos, porque tinha outras "prioridades". Contudo, sempre tive um medo enorme de perder os meus avós e, por volta dos 17 anos, tive uma campainha na cabeça que me relembrou que eles não eram eternos. Voltei a estar mais presente e a fazer um esforço para estar lá para ele, para aproveitar o tempo com ele e para lhe realizar os pequenos desejos que ele tinha, incluindo pintar para ele.

Nunca duvidei do amor dele por mim.

2013

Quando o ano de 2013 começou, eu disse na brincadeira "É o ano 13, vai ser um ano mau, um ano de azares". Mal sabia eu o quanto estava certa. Em Fevereiro, a minha avó faleceu, de repente, com um ataque cardíaco.
A minha maior preocupação nesse momento era o meu avô, eu sabia que ela era o chão dele e tinha medo que ele caísse.
Passámos o funeral todo a olhar um pelo o outro, eu preocupada com ele quando ele chorava, ele preocupado comigo quando eu chorava. Estivemos sempre de braço dado toda a cerimónia.

Por um lado, fiquei feliz porque a sua missão tinha terminado e ele finalmente era um pássaro livre. Por outro, eu tive o pressentimento que ele era um alvo frágil pronto a ser abatido.

Em Março, começou a sentir problemas na visão.... O diagnóstico inicial foi que seriam cataratas e para pôr umas gotas... Mas as coisas pioraram de tal maneira, que tiveram de fazer exames mais específicos.
Num dos exames apareceu o nome especifico do problema de visão dele e ele não o quis mostrar a ninguém. No entanto, a mim quis mostrar e pediu-me para pesquisar na internet o que era aquilo, porque queria saber antes de falar com o médico.  Eu fui pesquisar e apareceu a explicar o que era e, dentro das principais causas para esse problema, estava a palavra 'tumor'.
Ele perguntou-me: "Então, conseguiste descobrir o que era?" e eu olhei para os olhos dele, mal consegui encará-lo e gaguejei "Não, não consegui encontrar nada, só aparecem termos médicos". Eu sei que ele não acreditou porque ele conhecia-me bem, eu nunca soube mentir.

Podiam ser cataratas, mas não foram. Podia ser um tumor benigno, mas não foi. Podia ser um tumor maligno fraquinho, mas não foi. O meu avô foi diagnosticado com um tumor cerebral maligno do nível mais agressivo existente.
Em Junho de 2013, ele foi operado. Mesmo sendo a operação um sucesso, disseram que ele só tinha um ano de vida. Teve três.  As primeiras vezes que o visitei no hospital, eu sentia que tinha um bébé nos meus braços, eu queria cuidar dele, estar lá para ele.

DEFINHAR

O tempo foi passando, entre variadas idas ao hospital e longas estadias em casa (nunca foi para um lar), a sua fala foi-se perdendo, as suas pernas foram enfraquecendo e a sua lucidez também. Poucos meses depois, estava na cadeira de rodas, passado um ano e meio estava numa cama sem falar coerentemente.
Nos primeiros tempos , em que era evidente a degradação progressiva dele, eu senti uma revolta imensa  e cheguei a acreditar que ele estava a fingir e a zangar-me com ele, para ele não estar assim e fazer um esforço. Aquilo não podia ser real, mas era.

No meu aniversário, em Setembro de 2015, eu fui visitá-lo a casa dele e disse-lhe: a brincar " Hoje é dia 23 de Setembro, quem é que faz anos hoje?? Quem é que nasceu neste dia há X anos?? " Ele olhou para mim e disse " Hoje nasceu... hoje nasceu... tu és... tu és..." E não conseguia dizer o meu nome. Respirou fundo e disse " Há X anos atrás, nasceu o anjinho mais lindo do mundo" . É uma frase que nunca esquecerei.


No último ano principalmente, eu vi o meu avô numa cama, imóvel e quase mudo. Eu ia lá visitá-lo mas quase não conseguia falar com ele, porque me custava não ter resposta. Ficava ali ao lado dele a apertar-lhe a mão. Houve fases que fui visitá-lo muitas vezes, houve outras que não consegui. Houve fases que chorei muito, houve outras que não conseguia chorar.

Chegou uma altura em que ele já nem me conseguia apertar a mão, mas eu apertava a dele. Eu vi o meu avô a definhar. Eu vi o meu avô a morrer lentamente.
E no último dia que o vi eu senti que ele já estava com pouca vitalidade, como se tivesse mais perto da morte do que nunca, mais perto do céu.

A MORTE
Várias vezes que ele foi de urgência para o hospital, eu preparei-me para a infeliz noticia mas ela nunca veio. Nesse dia, ele estava internado no hospital mas eu achava que era mais uma ida como as outras, em que ele voltava para casa, mais tarde ou mais cedo...mas não voltou. Apesar de desejar o fim do sofrimento dele, eu não estava minimamente preparada.

Chorei, chorei muito . Passei o velório todo a chorar. Fiquei chocada com a atitude das pessoas, como se fosse um dia igual aos outros e elas chocadas comigo perante tanta expressão de dor.  Fiquei o tempo todo em silêncio,  com as lágrimas a escorrerem-me pelo rosto, como pequenos rios.

Eu nunca abandonei o seu corpo, estive sempre ao seu lado a chorar, agarrando-lhe a mão, por vezes, como sempre agarrei. Porque não haveria de chorar? Já não havia motivos para conter as lágrimas. Era oficial: ele já não estava vivo, a sua alma faleceu no dia que a minha avó morreu e o corpo dele desistia finalmente. Acima de tudo custava-me o vazio evidente da falta que ele me fazia há três anos e a falta que ele me fazia naquele dia ali. Ele não estava ali para me dar o seu braço.  Percorri o caminho atrás do carro funerário, com pessoas à minha volta, mas eu sentia-me profundamente sozinha.

Vi o caixão a ser soterrado até ao fim, quando já toda a gente tinha abandonado o local. Eu fiquei lá, sozinha, a ver os senhores a escavar e a lançar a terra até ao fim, grão após grão.

HOJE

Desde aí, estive  dois meses a chorar todos os dias um pouco (nem eu sabia que o corpo humano possuía tantas lágrimas).
Hoje em dia, não choro todos os dias, mas não consigo falar dele sem chorar e o meu coração chora por dentro todos os dias, com ele sempre em mente.

Não sei se fui boa neta, eu tentei. Não sei se ele alguma vez soube o quanto era importante para mim, nunca lhe mostrei como devia ter mostrado. Só disse que o amava quando ele já estava acamado.

Ele não merecia nada do que passou, ele merecia ser feliz. Tantas vezes eu falei a Deus ou a alguém no céu, que me fizesse aquilo a mim e não a ele, que o deixasse viver a velhice dele em paz, na sua quinta do Alentejo, com os seus irmãos.
Eu queria ter o fardo que ele teve e estaria disposta a qualquer preço para vê-lo a ser feliz, porque apesar de tudo, a vida dele foi muito condicionada pela decisão que teve de cuidar da minha avó.
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Há pouco tempo, estava eu em casa e olhei para uma fotografia dele e sussurrei: "Estarás sempre no meu coração" enquanto encostava a fotografia ao meu peito. Pousei a fotografia e fui ligar o rádio, que curiosamente estava na parte final de uma música de Phill Collins  "You'll be in my heart... You'll be in my heart... Just look over your shoulder and I'll be there always"
(...)

Se acredito que ele continua a olhar por mim, como olhava em vida? Não sei. Não o sinto aqui, sinto que ele realmente se foi para junto da minha avó, sinto-o em Paz e desejo realmente que ele não esteja cá, porque há muito tempo que ele merece Paz e seguir o caminho da sua alma.

Amo-te muito avô.
Continuarei a caminhar por ti e para ti, como desde o meu primeiro passo, sempre tendo em mente deixar-te orgulhoso. Sempre foste a única pessoa que realmente me importou orgulhar.


NOTA: era suposto ser um pequeno texto e acabou em várias páginas, com alguns capítulos. Perdoem-me, foi o mais breve que consegui ser para expressar tudo o que está cá dentro e ser justa à sua memória. Agradeço de coração a quem ler tudo ou uma parte. Bem hajam
"As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós mesmos." - Charles de Gaulle

Pucca

Ó Saphira que texto mais bonito, veio mesmo da alma.

Sabes que a vida não acaba com a morte, apenas o corpo se desgasta e já não pode acolher o espirito que o usou ao longo dessa vida, então tem de o deixar, até uma próxima oportunidade.

Em vez de chorar sorri porque tiveste avô que tiveste muitos e bons momentos com ele, foi uma pessoa importante para a mulher que te tornaste hoje.

Vou-te deixar algo que escrevi também num momento de partida de familiares muito próximos (olha que não partilho isto com muita gente), mas agora acho que mereces.

Saudade!

O tique taque do relógio marca o tempo devagar.
Cada tique é saudade, cada taque dor a serenar.
Fico aqui, divagando, neste limbo velando o céu
Estarão as minhas Estrelas, espreitando atrás do véu?
 
Cada passo que fui dando, cada lágrima derramada,
São alimento para a Alma que já parecia derrotada.
Enrolada no fundo do ninho, grande demais só para mim,
Chamei por todos os Anjos que mostraram Amor sem fim.
 
Sem laços pelo sangue, restam-me os da Alma.
Esses nunca se quebram, são ouro a brilhar.
Sigo o meu caminho numa certeza que acalma,
Vivo na paz de Deus, no Paraíso do Seu olhar.
 
Nunca me esqueço desta vida que partilhámos.
O Amor de uma família, aconchego sem igual.
Lado a lado com os Anjos, sorrimos e cantamos.
Pois um dia, no tempo,  sentiremos a alegria do final.
 
De: Mim      Para: Família que foi.

Saphira

Obrigada Pucca, por teres lido, pelas tuas palavras e pela tua partilha.
Significa muito para mim :)

Nota-se a verdade de sentimento nas palavras do teu texto.

Este foi o poema que escrevi quando se soube do seu tumor cerebral:

Todo o tempo esperado foi confortado pela esperança,
Esperança que um dia a porta da gaiola se abrisse.
Pelo azul do céu a ave perplexa iria sentir a felicidade
Sob a forma de vento nas suas penas virgens.

Apesar de ser um fenómeno nunca antes visto,
A saudade de observar o impensável consumiu-me.
Entre banais horas corridas e dias ocos preenchidos,
O inesperado sucedeu-se e no azul tu voaste destemido.

Tu voaste, a brisa envolveu-te e avistaste a beleza do mundo a teus pés.
Na melhor parte da viagem da tua vida, a bruma da noite reconheceu-te
E as tuas asas não aguentaram mais. Por breves instantes foste feliz.
E esta história teve o desfecho que nem em pesadelos eu quis.

Agora eu sei que o vazio que sempre senti,
Não é o verdadeiro e cru vazio, o vazio que existe em ti.
Agora eu sei que o vazio tem alma, tem cor:
Azul, azul de uns olhos embaciados de dor.
"As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós mesmos." - Charles de Gaulle

Athena

É uma história de amor linda, linda, linda. Vieram-me lágrimas aos olhos.
Nota-se em todo o texto o sofrimento calado, a dedicação, o amor demonstrado em silêncio.
Acredita que os teus avós estão em Paz agora e velam por ti.
A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.
(Albert Einstein)

Saphira

Citação de: Athena em Novembro 23, 2016, 10:10:23
É uma história de amor linda, linda, linda. Vieram-me lágrimas aos olhos.
Nota-se em todo o texto o sofrimento calado, a dedicação, o amor demonstrado em silêncio.
Acredita que os teus avós estão em Paz agora e velam por ti.

Obrigada por o teres lido  :-* são palavras que realmente vieram de dentro, tudo verdade.

Espero que tenhas razão e tudo esteja bem agora.
"As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós mesmos." - Charles de Gaulle

Mr.MorningStar

Sara, a tua relação com o teu avô, não é só linda ou magnifica. É a mais pura expressão das leis divinas do que é uma família.
Não se trata de perfeição, mas, de algo que a palavra amor não serve para definir.

És uma privilegiada por ter um avô assim. Sim, por teres, porque ele ainda está no teu coração e tu no dele. E lá onde ele está, juntamente com o seu primeiro amor, olha para o seu segundo amor, que para ele á a mais bela perfeita expressão independentemente daquilo que o mundo pense.
Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.

Saphira

Citação de: Mr.MorningStar em Novembro 23, 2016, 11:06:54
Sara, a tua relação com o teu avô, não é só linda ou magnifica. É a mais pura expressão das leis divinas do que é uma família.
Não se trata de perfeição, mas, de algo que a palavra amor não serve para definir.

És uma privilegiada por ter um avô assim. Sim, por teres, porque ele ainda está no teu coração e tu no dele. E lá onde ele está, juntamente com o seu primeiro amor, olha para o seu segundo amor, que para ele á a mais bela perfeita expressão independentemente daquilo que o mundo pense.

Obrigada. As tuas palavras tocaram-me  :-*

É nisso que eu penso com todas as forças: conseguir honrar todo o amor e confiança que ele colocou em mim
"As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós mesmos." - Charles de Gaulle

Mr.MorningStar

Citação de: Saphira em Novembro 23, 2016, 12:24:46

Obrigada. As tuas palavras tocaram-me  :-*

É nisso que eu penso com todas as forças: conseguir honrar todo o amor e confiança que ele colocou em mim

Não te esqueças que também há aqui pessoas que te amam, apesar de não te conhecerem. E que sempre que precisares de te abrir, estaremos cá  ;)
Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.

Saphira

Citação de: Mr.MorningStar em Novembro 23, 2016, 12:27:48
Citação de: Saphira em Novembro 23, 2016, 12:24:46

Obrigada. As tuas palavras tocaram-me  :-*

É nisso que eu penso com todas as forças: conseguir honrar todo o amor e confiança que ele colocou em mim

Não te esqueças que também há aqui pessoas que te amam, apesar de não te conhecerem. E que sempre que precisares de te abrir, estaremos cá  ;)

Obrigada e igualmente. Ja há alguns dias que andava a precisar de escrever sobre o assunto...vi o post da strawberry, sobre o seu sogro, e não deu para aguentar mais!

O Amor para mim é algo muito raro, não o consigo dizer de ânimo leve. Sei que o Amor dele por mim foi das expressões mais puras de amor. Duvido muito dos sentimentos das pessoas para comigo, mas o dele nunca foi possível pôr em causa nem um único segundo. Para mim isso é o Amor, é um Tudo que não vem com metades, com 'Se's", com "Talvez"... É tão certo, tão expressivo, tão natural, tão puro, que não dá para pôr em causa.

Desejo do fundo do coração tudo de bom para todos daqui, com um carinho especial pelos mais próximos.
"As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós mesmos." - Charles de Gaulle

Sky

Saphira... Fizeste-me lembrar os últimos momentos do meu pai, conseguiste por em palavras toda a dor que senti e ainda sinto passados 13 anos.
Foi dos testemunhos mais lindos que li até hoje... e chorei, algo raro de acontecer.
Tu és especial.

Saphira

Citação de: Sky em Novembro 23, 2016, 15:35:46
Saphira... Fizeste-me lembrar os últimos momentos do meu pai, conseguiste por em palavras toda a dor que senti e ainda sinto passados 13 anos.
Foi dos testemunhos mais lindos que li até hoje... e chorei, algo raro de acontecer.
Tu és especial.

Obrigada minha querida  :-*
O facto de ter escrito isto fez-me rever os meus textos/poemas que já escrevi. Não escrevo quase nada há uns tempos.
O facto de sentir que consigo tocar as pessoas pela escrita deu-me vontade de escrever mais, talvez quem sabe, escrever um livro.

Tenho o sonho de escrever livros infantis, com ilustrações feitas por mim. Gostava de escrever um livro para ajudar as crianças que vêm familiares em estados paleativos e dedicá-lo ao meu avô (entre outros)  ;)
"As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós mesmos." - Charles de Gaulle

Sky

Citação de: Saphira em Novembro 23, 2016, 15:43:24
Citação de: Sky em Novembro 23, 2016, 15:35:46
Saphira... Fizeste-me lembrar os últimos momentos do meu pai, conseguiste por em palavras toda a dor que senti e ainda sinto passados 13 anos.
Foi dos testemunhos mais lindos que li até hoje... e chorei, algo raro de acontecer.
Tu és especial.

Obrigada minha querida  :-*
O facto de ter escrito isto fez-me rever os meus textos/poemas que já escrevi. Não escrevo quase nada há uns tempos.
O facto de sentir que consigo tocar as pessoas pela escrita deu-me vontade de escrever mais, talvez quem sabe, escrever um livro.

Tenho o sonho de escrever livros infantis, com ilustrações feitas por mim. Gostava de escrever um livro para ajudar as crianças que vêm familiares em estados paleativos e dedicá-lo ao meu avô (entre outros)  ;)

...e fazes muito bem em seguir esse teu sonho, além dos teus desenhos maravilhosos tens o dom da escrita. Acredita que me tocaste e bem, adorei de verdade.  :-*

Mayya

As atitudes valem mais que palavras, ele sabe o quanto o amavas. Beijinhos, ele está sempre contigo, só que num plano diferente.